A estenose da carótida é uma doença que ocorre quando as artérias carótidas, principais responsáveis pelo fluxo de sangue no cérebro, se tornam estreitas ou ficam obstruídas. Esta é a terceira maior causa de acidentes vasculares cerebrais (AVC), levando a mais de 50 milhões de mortes por ano em todo o mundo.
É produzida pela aterosclerose, que é o principal processo patológico que compromete as grandes artérias elásticas (ex.: as artérias aorta coronárias) e as artérias musculares de médio calibre (ex.: as artérias coronárias e carótidas), produzindo depósito de gordura e estreitamento arterial.
Por norma, a estenose carotídea é causada pela acumulação de placas de gorduras nas artérias carótidas. As placas de aterosclerose também se formam noutras artérias do corpo.
A estenose carotídea impede a passagem do sangue, oxigênio e nutrientes para o cérebro.
O segmento onde a artéria carótida comum se divide em carótida interna e externa (bifurcação carotídea) é o local onde com maior frequência se localiza a estenose carotídea por acumulação das placas de gorduras.
Os fatores que aumentam o risco de doença da artéria carótida incluem:
Lesões de estenose arterial são consideradas sintomáticas se apresentam um ou mais episódios isquêmicos. A lesão é considerada assintomática quando o paciente tem apenas queixas visuais não específicas, tonturas ou sincope não associada com acidente isquêmico vascular ou derrame. Pacientes sintomáticos podem apresentar deficiência motora, sensitiva, perda total ou parcial de visão de um lado, afasia.
Os fumantes configuram os pacientes mais suscetíveis a essa patologia, visto que as substâncias do tabaco contribuem para a formação de placas de gordura nas artérias.
O objetivo no tratamento de estenose da carótida é prevenir um AVC. As opções terapêuticas dependem do grau de obstrução das artérias carótidas e da existência de sintomas.
Assim, o médico pode recomendar algumas mudanças no estilo de vida a fim de retardar a aterosclerose, a saber:
Outro problema de saúde mais grave, como câncer de pulmão, também pode afetar a abordagem do tratamento. Por exemplo, a estenose carotídea assintomática pode não ser uma prioridade se o paciente tiver problemas médicos graves, como câncer ativo ou insuficiência cardíaca.
Com base nesses fatores, existem três maneiras possíveis de gerenciar a doença:
Tratamento médico: que pode envolver mudanças positivas no estilo de vida e outras modificações para reduzir o risco. Essas modificações podem incluir medicamentos anticoagulantes como aspirina, medicamentos para baixar a pressão arterial e agentes para baixar o colesterol;
Endarterectomia carotídea: uma cirurgia preventiva que remove o acúmulo de placa de dentro da artéria carótida. Essa operação foi avaliada rigorosamente nos últimos 60 anos e é um método muito eficaz para reduzir o risco de AVC em certos pacientes, especialmente naqueles com estenose grave sintomática;
Colocação de stent carotídeo: um procedimento menos invasivo que envolve a colocação de um stent pequeno e expansível na artéria carótida para melhorar o fluxo sanguíneo. Isso foi estudado rigorosamente por cerca de 20 anos e é eficaz em certos pacientes, especialmente naqueles cujo risco cirúrgico é alto para a endarterectomia.
“O objetivo da medicina é prevenir doenças e prolongar a vida, o ideal da medicina é eliminar a necessidade de um médico” (William James Mayo).
Desenvolvido por Criações Web
Copyright © 2024. Todos direitos reservados.